




Para se chegar à estátua do Frei Damião, paasa-se por uma estrada de piçarra, um pouco distante do centro de Sousa, e no caminho encontram-se crianças a tampar buracos para ganhar algum trocado de quem por ali passa. Vê-se logo depois em um pequeno monte a estatua de Frei Damião, cabisbaixo, solitário, ao seu redor apenas um velário pequeno com restos de ceras, imagens de santos quebradas e uma pequena
casa muito simples, vacas a pastar, carros e caminhonetas que passam na estrada indo para o município de Lastro, parecem nem perceber o Frei ali, que cercado por uma vegetação verdinha, os únicos sons que se pode ouvir é o dos pássaros, os chocalhos das vacas e os dos carros que passam e levantam uma grande poeira.
O vale dos dinossauros
adas como resquícios de um passado remoto. Ainda bem que os dinossauros da época não dependiam dos políticos para se manterem (pois teriam sido extintos bem antes...), como infelizmente depende o "Vale" atualmente.Necessitando de manutenção e apoio institucional (e financeiro) dos governos municipal e estadual e se mantendo da boa vontade de quem aprendeu a amar aquele lugar.
O "Vale" se localiza a seis quilômetros da sede do município de Sousa e recebe visitações desde 1999. Seu acervo consta principalmente de pegadas fossilizadas datadas de 120 a 60 milhões de anos que podem ser observadas in loco e em placas extraídas da rocha.
A sede do complexo localiza-se em lugar ermo, no meio da caatinga nordestina. O Rio dos Peixes cruza todo o "Vale". O clima é árido e seco. Na sede fica a parte pedagógica do projeto com maquetes, placas, fósseis e é vendida a "melhor
água de côco do mundo", além souvenires de réplicas em miniatura de dinossauros, camisetas e bonés. Tudo regido por um homem simples, mas de uma sabedoria que só a idade pode trazer: o poeta Robson Marques - o velho do Rio. As visitas são acompanhadas por ele, neto do descobridor do "rastro do boi e da ema".Igreja N. S. dos Remédios (Matriz)
A Igreja N. S. dos Remédios, símbolo de fé e religiosidade para a população de Sousa amanhece com uma de suas torres ao chão. O estrondoso som assustou a madrugada daqueles moradores, poi
s não acreditavam que toda aquela imponência tinha desabado. A cena parecia de um bombardeio, destroços por toda a lateral da igreja, e na sua frente, ficando cercada por cordões de isolamento. Mas, a praça que fica à sua frente não perdeu seu movimento, local de lazer e diversão, cercada por casas, um colégio e uma igrejinha, também centenária, que hoje abriga os fiéis da Matriz
.
Local de passagem, embarque e desembarque, grande movimentação, chegada e partida de homens, mulheres, crianças e mercadorias, o sino toca anunciando que mais um trem estar para partir.
Esta já não é mais a realidade, o que se vê é abandono, desolação. Só restam saudades e lembranças de outrora onde se tinha mais vida. Hoje só restam trilhos que levam ao por do sol.



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